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Antes de chegar a Araraqua- refere a centro treinamento, de-
ra, Aline morou cinco anos nos partamento médico e convênio
Estados Unidos, onde disputou com academia. Há também as
a liga universitária e se graduou escolinhas de futebol para meni-
em Administração. Retornando nas abaixo de 14 anos. “Quando
ao Brasil, viu no time grená uma identificamos alguma menina
opção para sua carreira de joga- com talento, ela é encaminha-
dora. “Está sendo incrível, uma da para as categorias de base”,
oportunidade única poder jogar acrescenta.
em um time de tradição no ce- Betão Boschiero, diretor
nário esportivo feminino e poder de marketing e comunicação
ajudar a equipe a chegar aonde da Ferroviária, garante que há
já chegamos este ano”, comenta igualdade de gêneros entre as
Aline. equipes feminina e masculina
em relação à estrutura e ao pro-
extrACAMPo fissionalismo por parte da Ferro- Aline Milene, atleta da Ferroviária convocada
viária, embora o time masculino para a seleção brasileira
A Ferroviária trabalha para a tenha mais renda, patrocínio e
valorização da estrutura física e visibilidade. “Não há distinção,
técnica da equipe, cuidando da são todos atletas da Ferroviária.
formação integral das atletas, in- Há integração entre as comis-
cluindo aspectos psicológicos e sões técnicas e entregamos o
sociais. Dar todo esse suporte é mesmo serviço para o masculino
o trabalho da equipe coordenada e o feminino, damos suporte aos
por Ana Lorena Marche, gerente dois”, explica Boschiero.
de futebol feminino da Ferrovi-
ária. Formada educação física, ConquiStAS
com mestrado e doutorado em
análise de desempenho no fute- Após ficar entre as principais
bol, ela passou sete anos na Uni- equipes tanto no Paulista quanto
versidade do Futebol, onde foi no Brasileirão deste ano, o pró-
coordenadora. Veio de Campinas ximo desafio é a Libertadores,
para integrar a equipe de gestão em outubro. Luciana, goleira
da Ferroviária em março de 2017, da Ferroviária campeã paulista
ajudando na transição da equipe em 2013 e campeã brasileira e
para a “guarda” da Ferroviária, da Copa do Brasil em 2014, está Ana Lorena Marche, gerente de futebol feminino
embora a parceria com a Fun- confiante com o bom desem- da Ferroviária
desport, fundação ligada à Pre- penho das guerreiras grenás.
feitura Municipal, continue em “Essas conquistas são especiais
vários aspectos do projeto. para as meninas, para o time da pela equipe da Ferroviária e já
Lorena conta que o futebol Ferroviária e para a cidade. Esta- teve a oportunidade de disputar
feminino da Ferroviária tem hoje mos trabalhando concentradas e o campeonato brasileiro sub-18.
28 atletas no profissional e 25 na com foco na vitória”, avalia. “Estar na Ferroviária é muito gra-
categoria sub 17. As atletas têm à E enquanto o time principal tificante, é um clube de formação
disposição alojamento próprio e segue brilhando pelos campos e que dá muitas oportunidades
praticamente a mesma estrutu- do Brasil, Isabelle já está em seu para as atletas mais novas. Ano
ra do time masculino no que se terceiro Campeonato Paulista passado tive um grande pra-
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