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José Gullo, avó de Paulo, no interior da Casa Gullo, no tradicional endereço à Rua General Osório, 1903
Terceira geração de uma famí- lhos. Meu pai José Gullo Filho que aos 13 anos saía com uma
lia de comerciantes em São Car- foi o caçula”, conta Paulo. pastinha no bagageiro da bici-
los, Paulo Roberto Gullo é filho O negócio prosperou e surgiu cleta para fazer as cobranças.
de José Gullo Filho e Ruth Martin a loja de calçados Casa Gullo, no “Fazer comércio era nossa vida”.
Gullo, mas foi com seu avô José tradicional endereço à Rua Ge- Mais tarde, formado em Admi-
Gullo que tudo começou. neral Osório, 1903. Paulo lembra nistração Pública, Paulo teve
O nome Gullo veio do sul da que toda a família se envolvia suas próprias lojas e passou a
Itália direto para São Carlos. com o comércio. “Meu pai che- cuidar da parte burocrática da
“Meus avós paternos vieram gou a ter uma fábrica de calça- empresa da família.
no mesmo navio, por volta de dos no fundo da casa onde mo-
1870. Ela com nove anos e ele rávamos. Passei minha infância vitrinES dE volta
com 24. Por aqui ele abriu uma brincando com tachinhas e aju-
sapataria onde empregou al- dando a colocar os sapatos nas Na época, o comércio de São
guns conterrâneos, inclusive caixas. No negócio da família Carlos se concentrava na região
ela. Quando ela tinha 15 anos fazia de tudo: limpava vidro, fa- do Mercado Municipal e da rua
se casaram e tiveram nove fi- zia cobrança e vendia”. Ele conta General Osório. A vitrine era o
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