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“Quando criança eu e minhas cachorra dava cria, de ver, de estar
amigas fazíamos suco e brincáva- perto, optei pela medicina veteri-
mos de vender para os amigos na nária”, explica.
porta de casa. Entre 10 e 12 anos Durante a faculdade, Lívia
entrei na fase de ir em festinhas na diz que a paixão pela culinária a
casa dos amigos e eu sempre fa- acompanhava. “Eu fazia jantar
zia brigadeiro para levar”, recorda para as amigas e quando esta-
Lívia, que com o tempo pediu para va no terceiro ano começou um
mãe ir ensinando a ela seus dotes ‘boom’ de vendas de brigadeiros
culinários. gourmet e como sempre gostei de
fazer brigadeiro, comecei a fazer
A eSCoLHA e levar para vender na faculdade.
Criei minha marca, Mirandeiro, e
Lívia conta que quando che- tudo que eu levava vendia. De lá
gou a hora do vestibular ficou para cá nunca deixei de fazer doce
em dúvida sobre o que ia fazer. e aceitar encomendas”.
“Queria muito fazer gastronomia, Lívia acabou trabalhando com
mas prestei em uma época que Prato que lhes rendeu o primeiro a medicina veterinária em Arara-
lugar: Codorna recheada com mix de
não era uma profissão em ascen- cogumelos, acompanhada de purê quara e em outros estados, mas
são e, como sempre tive também cítrico de inhame com molho agridoce entrava no serviço pensando que
uma ligação muito grande com à base de beterraba e balsâmico e iria cozinhar quando voltasse para
farofa crocante de castanha do Pará e
animais, gostava quando minha castanha de caju casa. “Eu sou uma pessoa muito
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