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donizetina no comecinho do bairro”, lembra a moradora, saúde, creche, quadra de esportes e um co-
apareCida luCiano que recorda a falta de estrutura da época. mércio fortalecido. Apaixonada pelo bairro
“Naquela época não tinha asfalto, nem mes-
e principalmente grata por tudo que viveu
amor pela igreja mo água encanada. Como muitos bairros da e construiu ao longo dos seus 60 anos de
e pela fábriCa cidade, passamos por muitas dificuldades.” idade, Zeti garante que só deixa São Carlos
se for para voltar pras Minas Gerais.
Os anos passaram, a filha Tatiane cresceu e a
infraestrutura chegou. Hoje os moradores do “Minha vida, minha história está aqui. Foi
Jóquei Clube contam com escolas, posto de uma bênção”, conclui sorridente.
Pelo nome ela pode até não ser muito conhecida
no bairro, Donizetina Aparecida Luciano, mas se
você perguntar pelo apelido Zeti no Jóquei Clube,
com certeza vai encontrar quem a conhece.
Além de estar sempre alegre e sempre à dispo-
sição para ajudar, a relação de Zeti com dois dos
principais pontos do bairro a tornaram muito
conhecida. Ela trabalhou por 24 anos na Electro-
lux e faz parte da Igreja São Cristóvão desde a sua
implantação no bairro.
“Sempre morei a uma quadra da fábrica,
tudo que conquistei devo ao meu trabalho.
Fui operadora industrial, vivi uma vida lá
dentro, me aposentei, mas sou muito grata”,
reforça Zeti. “Quando cheguei ao Jóquei nem
existia a paróquia, havia apenas uma igreji-
nha. Posso garantir que até os cachorros me
conhecem e sabem onde eu moro.”
Mineira de Arceburgo, Zeti veio com os pais e
os quatro irmãos para São Carlos quando era
adolescente. “Moramos inicialmente na Vila
Marina, mas logo depois eu me casei e por
volta de 1984 eu vim para o Jóquei. Foi bem
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