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e Spe ciAl
“vivo Em
Função dElES”
hilda
É com a aposentadoria que a pensionista Hilda
Lopes Gomes cria e sustenta três netos. Uma
batalha diária que faz com que o amor e atenção
para com os netos sejam cada vez maiores.
“Eu assumi a criação deles há muitos anos,
minha filha é dependente química e está presa.
É uma realidade muito difícil para qualquer fa-
mília, imagine para os adolescentes. Guilherme dência trouxe o afastamento dos filhos.
está com 17 anos, Gabriela com 15 e Graziely tem apenas 4 anos.” “Sempre estive presente seja no Dia das Mães ou no Dia dos Pais. Em todas as
Viúva, Hilda tem 8 oito netos. Três são filhos de seu primogênito, Paulo. Já a filha, festividades, na escola ou na igreja. Vivo em função deles”, conta orgulhosa a
Jéssica, teve cinco filhos, dois são criados pela avó paterna em Araçatuba e os avó que trata a pequena Graziely com atenção especial. “A caçula é meu xodó,
outros três vivem com Hilda em São Carlos. não tem outro jeito. Quero acreditar que quem sabe desta vez minha filha deixa
A filha Jéssica se envolveu com drogas quando tinha apenas 15 anos de idade, o vício e volta pra casa. Já nos desiludimos muitas vezes, mas...”, declara a mãe,
que guarda bem no fundo de seu coração a esperança de ver sua família reunida
desde então a mãe e a família enfrentam situações difíceis e muitas tristezas. que guarda bem no fundo de seu coração a esperança de ver sua família reunida
Apesar de algumas internações, o vício nunca foi controlado e a doença da depen- novamente.
“aSSumi dE
corpo E alma”
célia
“Costumo dizer que sou ubber/avó. Dois de meus netos chegam à minha
Mãe de três filhos e avó de três netos, Célia Marmorato Nogueira é a figura “Costumo dizer que sou ubber/avó. Dois de meus netos chegam à minha
da avó moderna. Professora aposentada e viúva, divide seu tempo entre casa bem cedo, minha filha vai trabalhar e os deixa em casa pouco depois
os cuidados com a mãe que sofre de alzheimer, as aulas de artesanato e a das 6h. Levo pra escola, trago para almoçarem comigo e no período da
ajuda na criação dos três netos. Victor Hugo de 15 anos, Lorenzo de 12 e tarde levo para o inglês e pras outras atividades diárias. Adoro estar com
Theo de 5 aninhos. eles. Costumo brincar que eles me enchem, mas eu não vivo sem eles.”
Ciente da importância e do papel que
assumiu, Célia, aposentada há 19 anos,
faz questão de lembrar que contou com a
ajuda de sua sogra na criação dos filhos
(Ana Cristina, Anatólio e Nanci). “Minha
sogra me ajudou, eu trabalhava direto e
recorri a ela. Hoje eu cumpro esse papel,
assumi de corpo e alma.”
Aos 71 anos de idade, é difícil imaginar
tamanha disposição e, mesmo fazendo
tudo que faz, Célia garante que gostaria
de se dedicar ainda mais anos netos. “Es-
tou com 71 anos, participei mais quando
o mais velho nasceu, eu o levava no
pediatra, estava sempre mais envolvida.
Gostaria de ter mais disposição e tempo
para cuidar principalmente do caçula,
ele fica o dia todo na escolinha, gostaria
de passar mais tempo com ele”, conclui a
avó apaixonada.
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