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so, falta de opção ou por estar de- levando nossas divisas”, analisa. ARARAQUARA NA
sempregado, entrou no comércio. TERCEIRA DÉCADA
E como qualquer tipo de empre- REFORMA DA PREVIDÊNCIA
endimento exige conhecimento E CÓDIGO COMERCIAL Para Dalll’Acqua, Junior, Ara-
técnico e competências, tivemos raquara entra otimista na terceira
muitos fechamentos, mas isso é Dois assuntos que devem im- década do século 21. “Temos am-
uma correção de rota”, adverte. pactar de forma positiva a vida dos biente, infraestrutura e ferramen-
empresários nos próximos anos tas. Talvez falte um pouco do que
EDUCAÇÃO FINANCEIRA são a Reforma da Previdência, falta para o Brasil inteiro: recursos
E COMUNICAÇÃO “uma questão matemática, a conta financeiros disponíveis”, opina.
não fecha”, e a criação de um novo Ele acrescenta que, nos ciclos
A principal tendência que Código Comercial, “que vai ajudar históricos, Araraquara tem tido
deve ser seguida para que os nas relações do comércio interno melhores performances quando
empreendedores tenham êxito e externo”. De acordo com ele, para as dificuldades são maiores. “O
ao se aventurarem em abrir um que o país tenha mais competi- araraquarense é sofisticado no de-
comércio está relacionada à edu- vidade no mercado, os custos do sejo, discreto no comportamento e
cação. “É preciso ensinar desde trabalho e dos impostos devem faz muito com pouco. Essa é nossa
cedo nas escolas educação finan- ser alterados. característica”, finaliza.
ceira e comunicação. As pessoas
devem se comunicar bem e isso
passa pela compreensão de tex-
tos. A comunicação deve ser efi-
ciente e efetiva, conduzir o olhar
de quem esta apreciando ou ana-
lisando o produto. Assim como é
preciso um ensino aprofundado
em números, matemática, eco-
nomia, controle... No empreen-
dimento essas duas ferramentas
são essenciais”, enfatiza.
SIMPLIFICAÇÃO
A simplificação da forma com
que o empreendedor deve cum-
prir suas obrigações é também
uma pauta urgente e relevan-
te na avaliação de Dall’Acqua.
“Precisamos desburocratizar e
adequar o código de postura das
cidades para receber empreendi-
mentos e investimentos. A legis-
lação de uma cidade às vezes fe-
cha as portas para quem vem de
fora e, em vez de proteger o co-
merciante, deixa o município vul-
nerável ao movimento predató-
rio externo, que aparentemente
traz recursos, mas no fundo está
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